4 de jan. de 2025

Na Rua do Silêncio - João Azevedo



Na Rua do Silêncio
João Azevedo
 
 
 
Na rua do silêncio
Há sempre um bom Sorrir
As asas da libelinha 
Mesmo voando sozinha
São capazes de se ouvir

Na rua do silêncio
 Há sempre mais calor
Lá se vê um lindo olhar
Ninguém te manda calar
Porque ali só há amor.

Na rua do silêncio 
Uma crianç0a sorria
Com um sorriso tão lindo
O seu coração abrindo
Ali só há alegria.

Na rua do Silêncio
Nada há que seja sombrio
Há crianças a brincar
Em cada um o olhar
Que até os os olhos têm brilho

Na rua do silêncio 
Cai a neve muito fria
Hoje há gente a tremer 
Com os dentes a bater
Mesmo assim há alegria 

Na rua do silêncio 
Á noite o vento é leve
Dá gosto para a lua olhar
Nesta noite de luar
Que boa água ali se bebe

Na rua do silêncio
É toda feita em ladrilho
De pedrinhas e brilhantes
Que parecem diamantes
Que até á noite têm brilho.

Na rua do silêncio
Tudo é passarinhos a cantar
Só se vê o bem estar
Não se vê ninguém ralhar
Até dá gosto ali estar. 

Na rua do Silêncio
Em tudo o que se faz
Há alegria e sorrisos
Lá não se corre perigos
Porque ali só reina a paz
 
 
Imagens da internet
Arte final e formatação Marilda Ternura




3 de jan. de 2025

OS QUATRO ELEMENTOS - MÁRIO MATTA E SILVA



OS QUATRO ELEMENTOS

 

 

TERRA

 

A Natureza e os seus elementos

Contados agora por resistentes

Observações básicas, incoerentes;

 

Mais de quatrocentos milhões d’anos

Onde primatas deixaram suas pegadas

Evolução, virgem ou arável, desmatadas;

 

Neves, frutos, flores matizadas, vulcões

Dunas, serras, planícies, planaltos

Mais tarde geometria urbana, asfaltos.

 

 

ÁGUA

 

Oceanos, rios, ribeiros, lagos, cascatas

Ondas calmas ou bravas, espumadas

Por frágeis canoas, caravelas, sulcadas;

 

  Circum-navegação épica, horizonte

Linha fluida, luminosa e flutuante

De armadores, marinheiros, viajantes;

 

Bebível quando pura, saudável, 

Expansiva e esférica, azul-turquesa

Audazes migrantes, farol, fortaleza.

 

 

AR

 

Suspensão, oxigénio (ir) respirável

Azas, balões, ventos uivantes

Planando, voando, inconstantes;

 

Ninfas e flamejar de velas

Ou de bandeiras, cristais esplendores

Borboletas ou monstros adamastores;

 

Nuvens, um sopro ou vendaval 

Redemoinhos soltos, desvairados

Alísios, vendavais, tornados,   

 

 

 

FOGO

 

No cozinhar alimentos, descoberta

Primária na pré-história, antiguidade

Floresta ardendo, cruel verdade;

 

Montanhas impuras babando lava

Recriação de incêndios e fogueiras

Em pleno inverno lareiras;

 

Roma a arder, impérios do mal

Aquecimento global, cósmico

Labaredas e fumaça no ar tóxico.

 

Lisboa, 29 de dezembro de 2024

MÁRIO MATTA E SILVA

 



Arte Ternura
Imagens da internet