19 de fev. de 2025

VÉNUS NO MUSEU DO LOUVRE -Mário Matta e Silva

 




VÉNUS NO MUSEU DO LOUVRE

 

 

 

Rasgou milénios da fama

num obscuro helenismo perdida

Vénus de Milo, sem braços, nos chama

património de beleza por mãos esculpida.

 

No Museu do Louvre, por gerações

entre pilares de força arquitectónica

-  base, fuste e capitel, ornamentações -

a admiramos de forma platónica.

 

Inserida no Gótico, esbelta arquitectura

em templos, museus, tanta escultura

respirando clássicas odes d’amor.

 

Mulher-êxtase, nos escombros encontrada

ideal profano de divindade alada

um voltar à fábula, poético clamor.

 

 

 

12 de janeiro de 2025

MÁRIO MATTA E SILVA

 

 



 Arte

Marilda Ternura

Imagens internet


NÃO PARE! - Rose Arouck




NÃO PARE!
ROSE AROUCK
( A Poeta Trovadora )

 Coloque na cara um sorriso
incentivando a encarar a vida
segurando a esperança perdida
com muita aconchego e amor.
Não se importe com a trapaça
nesse mundo tudo passa,
acredite, temos o nosso valor.

Não desista dos seus sonhos,
eles um dia se realizarão
e você vai correr atrás de outros.
Se alguém está passando rasteira,
se intrometendo como ave agoureira,
pense alto, pense forte, paralisadas serão
pelos ventos antigos da própria  decepção.

É assim que a vida é feita...
Não pare! Não pare!
Não pare de sonhar...
Não devemos ter receio
o homem é produto do meio
não podemos nos amofinar.

Se puder inove, renove
mas persiga o que sonhou.
não abandone tudo que idealizou.
Abrace a vida, seja atrevida
e nunca dê vez a tristeza;
você é e será sempre uma vela acesa...

Basta focar sempre adiante...
Eu sempre tento e vou sempre avante;
sei que um dia hei de encontrar-me
e desatarei o nó que agora parece entrave
 
 
 
 
Arte Ternura
 
 


Peço perdão - Eugénio de Sá

 

 
 
 
 
 
( sextilhas )
 
Peço perdão
 
Eugénio de Sá
 
 
 
Peço perdão aos versos meus, exaustos
palavras que hoje brotam dos socalcos
de degrau em degrau, desiludidos.
Versos que outrora me surgiam breves
nas dobras das venturas que eram leves
que me foram pesando nos gemidos.
 
 
Peço perdão aqueles que me vão lendo
e que aos poucos se vão apercebendo
que esta alma que escreve está doente.
Os que comigo vão sentindo as dores
que lêm nos sofridos dissabores
entrelinhas ocultos, mas latentes. 
 
 
Peço perdão ao Deus que me criou
e, tal como eu, não sabe aonde vou
no desbocado arfar de mil andanças.
Vou - talvez desvairado - por caminhos
que me fazem tombar em desalinhos
perdido de destinos e paranças.
 
 
Peço perdão aos ventos do destino 
que me fadaram calhado pro atino
mas que eu traí, omisso da razão.
Retorna a mim, poesia redentora
invade-me de ti, que és sonhadora
e apazigua-me esta inquietação.
 
 
 
 
Sintra, Portugal