14 de jan. de 2011


Chora, Rio
Cibele Carvalho


Minha cidade desperta
ainda estarrecida,
com a fúria da natureza
que castiga sua beleza,
e mexe com a sua vida.
Seu povo triste, perplexo,
observa e espera,
sem ver onde está o nexo
dessa fúria ensandecida.
Criticam-se os governantes
- certo, foram omissos -
mas, contra a força das águas
que vertem copiosamente,
não há obra que aguente,
temos que entender isso.
Somos vítimas e algozes,
já que contribuímos
com nossos modos ferozes
de descuido e destruição.
Fazemos o que não devemos,
lavamos a nossa mão.
Deixamos que o nosso próximo
se encarregue da questão.
E , esperando sentados,
não tomamos os cuidados
- pecamos por omissão.
Agora, só resta o pranto
por tanta destruição.

RJ, 13/01/11




RESPEITO À NATUREZA
Maria Tomasia

Todos vivemos reclamando
da morte que ronda os lares,
bastando um pouco de chuva.
Rico, pobre ou miserável,
ninguém por ela é poupado
quando vem a enxurrada.
Muita gente morre soterrada,
mas nós somos os culpados
porque sempre esquecemos
o que a natureza nos dá.
Sua beleza é incontestável,
mas o que lhe oferecemos nós?
Nada! Nós só a destruímos,
sem nela sequer, pensar.
Esquecemo-nos de que ela,
pode-se manifestar,
devolvendo-nos os maus tratos
pelos quais a fazemos passar
- depois, só nos resta chorar.
Quando passaremos a respeitá-la?
Se este dia afinal chegar,
todos certamente ganharemos,
e a morte terrível, finalmente
a nós, não mais rondará.
Por isso, vamos pensar,
antes da natureza, maltratar.

14/01/11





HÁ DE...
Anna Peralva


Hoje vejo águas dominando o homem,
que qual criança chora toda sua dor...
Hoje os rios esperanças consomem...

O tempo nublou e do céu desaguou
em descaso toda a fúria da natureza
e o desespero a tudo e todos dominou!

No olhar incrédulo da criatura o terror,
muitos não entendem e ficam a questionar...
Desamparados, clamam piedade ao Senhor!

Há de se ter renovação no coração e coragem
para na aceitação, reconstruir o que foi perdido
e prosseguir com fé... Rever toda a passagem!

Há de se juntar o que ora restou e aprender
que o amor a terra é luz em eterno replantio...
Há de se rever conceitos ou cairemos no vazio!

14/01/2011





FINAL DOS TEMPOS
JRONALDO.JR


Várias tragédias nos ares
Não menos na maioria dos lares
Que estaria a acontecer?
Será tão difícil de ver?

Difícil é dar felicidade
Se o que se vê é a própria verdade
Não tem como se colocar
Se vazio não se "estar"

Forte é aquele que sabe a estrada
E por nada muda sua caminhada
Passe o melhor que você tem
Pelo menos puxe alguém...

Estamos aqui de passagem
Aproveite sua viagem
Falta apenas desmoronar
Para finalmente "recomeçar"

Não consegue os sinais ver ?
Meu Deus, tudo está a acontecer
Haverá muito lamento
Àguas, vulcões e muito vento

Dois terços daqui aqui não ficarão
É assim que se dá a Renovação
Não seria a passagem do mundo de expiação
Para o mundo da regeneração?

Não há como mudar
Podemos apenas amenizar
Os seis mil anos estão a passar
Digo isso aqui, ali e em todo lugar

Digo isso humildemente
Mas muito descontente
Em versos procuro falar
Mas não basta apenas escutar...

Não é nenhuma profecia
Muito menos magia
Foi (é) o que sempre disse o Criador
Usando sempre do amor!!!!

2 comentários:

Anônimo disse...

Na ubião das mãos em versos nasce a esperança de novos dias, que a estesia da vida cale a dor e do céu chovam bençãos!!! Beijus Anna

Carlos Roberto Lemberg disse...

As Atualizações do Blog estão maravilhosas e todas de primeira grandeza.
Minha querida amiga Marilda, você merece nossos aplausos e todo o carinho que possa existir no mundo por tão magnífico trabalho.
Beijos no coração.