4 de abr. de 2010




UM JARDIM CHAMADO AMOR


Neste jardim, que é nosso, lá pusemos
as mais distintas flores, que nos falassem
ao coração, partilha comum, de um amor,
que na terra aprazível, cuidamos de plantar.


Hoje o jardim rejuvenesce a cada manhã,
praticamente vingando sozinho, em luxúria.
Regozijo para a dedicação, que lhe prestamos,
em horas de esforço e muita beleza no peito.


Foi um trabalho árduo a dois, pois não logo,
há partida, todas as flores tiveram seu apogeu.
Plantamos e replantamos, escolhendo as
terras mais férteis, até que o milagre se deu.


Hoje bem fortes, apelam aos nossos sentidos,
e, eu não resisto, em colher, de todas, a mais
bela flor, de tua predilecção, para te ofertar,
como se de um segredo, muito bem guardado.


Conhecedora de meus gestos mais primários,
teus olhos, em largo sorriso, parecem adivinhar,
aquilo a que me apresto a realizar, de pronto,
sabedora de há muito, do meu bem-querer por ti.


E quando nos levantamos, no raiar da manhã,
e nos dirigimos à janela, que dá para o jardim,
abraçamo-nos satisfeitos, pelo nosso trabalho,
pois somos nós, o nosso amor, que ali frutifica.

Jorge Humberto
09/09/08


Um comentário:

Anônimo disse...

Belo poeta! Neste jardim chamado amor só flores coloridas exalando o aroma dos sentimentos que pulsa num coração apaixonado. Cativa a sua flor e ela sempre há de florir, seja qual for a estaçã e o tempo. Beijus Anna Peralva